Produtos ou subprodutos de origem animal,
vegetal e mineral, rações e concentrados com teores de fósforo < 2%.
Importante ver anexo, limpeza de vidraria antes de iniciar a análise.
2.
PRINCÍPIO
Fundamenta-se na reação de Misson. A partir de
uma reação em meio ácido do ortofosfato com solução de vanadato mais molibdato
de amônio, forma-se um complexo de coloração amarela, que é medida
colorimetricamente.
3.
REAGENTES E SOLUÇÕES
§ Ácido
nítrico (HNO3) P.A.;
§ Solução de
ácido clorídrico (1:3): 100 mL HCl + 300 mL água destilada;
§ Solução
estoque de fosfato: 0,9587g de fosfato ácido de potássio (seco a 105°C) diluído em água
destilada em balão volumétrico de 500 ml;
§ Solução
padrão de fosfato: 50 ml de solução estoque de fosfato, água até completar 250
ml em balão volumétrico (1 ml SP = 0,2
mg de P2O5);
§ Solução de
vanado-molibdato de amônio: 20 g de molibdato de amônio ((NH4)6Mo7O27.4H2O),
1 g de vanadato de amônio (NH4VO3), 140 mL de ácido
nítrico concentrado. Procedimento: dissolver o molibdato e o vanadato
separadamente em cerca de 150 ml de água quente. Filtrar para dentro de um balão
volumétrico de 1000 mL, adicionar ácido nítrico e depois aferir o volume com
água destilada (validade de até 3 meses).
4.
PROCEDIMENTOS
4.1
Fluxograma
Pesar os cadinhos de
porcelana devidamente numerados (com grafite forte)
|
Incinerar em forno
mufla a 550°C -30
min
Esfriar em dissecador e pesar
|
Pesar exatamente 5 g
de amostra no cadinho
|
Incinerar em forno
mufla a 550°C por 3 horas (ou até obter cinzas brancas)
Esfriar em dissecador
|
Dissolver as cinzas
em béquer de 500 ml
com 40 ml de HCl
(1:3) e 12 gotas de HNO3
|
Lavar o cadinho com
água destilada
|
Levar a ebulição,
deixar esfriar, transferir para balão volumétrico de 250 ml, completar o volume
com água destilada
|
Retirar uma alíquota
de 10 ml (pipeta volumétrica)
verter para balão
volumétrico de 100 ml - espere 10 min
|
Faça a leitura a 420
nm
4.2
Etapas
§ Pesar os cadinhos de porcelana devidamente numerados (com grafite forte);
§ Incinerar em forno mufla a 550°C por 30
min;
§ Esfriar em
dissecador e pesar;
§ Pesar exatamente 5 g de amostra no cadinho;
§ Incinerar em forno mufla a 550°C por 3 horas (ou até obter cinzas brancas);
§ Esfriar em
dissecador;
§ Dissolver as cinzas em béquer de 500 ml com 40 ml de HCl (1:3) e 12 gotas
de HNO3;
§ Lavar o cadinho com água destilada;
§ Levar a ebulição, deixar esfriar, transferir para balão volumétrico de
250 ml, completar o volume com água destilada;
§ Retirar uma alíquota de 10 ml (pipeta volumétrica) e verter para balão
volumétrico de 100 ml - espere 10 min
§ Faça a leitura a 420 nm
5.
CÁLCULOS
§ Curva
Padrão: em uma série de balões de 100 ml, meça volumes de
solução padrão de P2O5 contendo 25 ml do reagente
vanado-molibdato de amônio a cada balão.
§ Completar o volume com água desmineralizada.
§ A temperatura da água mais reagente deve ser de 20°C.
§ Homogeneize e espere 10 min.
§ Faça a leitura a 420 nm.
§ Faça um branco com 25 ml de vanadato-mobilidato de amônio em balão de 100
ml e ajustar o espectrofotômetro.
Tabela 1.
Procedimento para obtenção da curva padrão de fosfato
Balão
|
Volume
Solução
Padrão P2O5
|
[P2O5]
|
ABS1
|
ABS2
|
ABS3
|
ABSmédio
|
00
|
0
|
0
|
|
|
|
|
01
|
1
|
0,2 mg
|
|
|
|
|
02
|
2
|
0,4 mg
|
|
|
|
|
03
|
3
|
0,6 mg
|
|
|
|
|
04
|
4
|
0,8 mg
|
|
|
|
|
05
|
5
|
1,0 mg
|
|
|
|
|
06
|
6
|
1,2 mg
|
|
|
|
|
07
|
7
|
1,4 mg
|
|
|
|
|
08
|
8
|
1,6 mg
|
|
|
|
|
09
|
9
|
1,8 mg
|
|
|
|
|
10
|
10
|
2,0 mg
|
|
|
|
|
Após a leitura no
espectrofotômetro, monta-se o gráfico de dispersão, onde os pontos em cada
concentração correspondem a média de cada componente. Aplica-se, então,
regressão linear, sendo que a fórmula y
= ax + b serve para determinar a concentração de P2O5,
onde y é o valor da absorbância e x é a concentração a ser determinada. O
R2 avalia a variação dos resultados obtidos na curva. Quanto menor a
variação, o resultado de R2 estará mais próximo de 1 (resultado
ideal), que pode ser alcançado se a variação for uniforme. Sendo assim, quanto
mais próximo de 1, mais precisas serão as determinações do teor de fosfato (P2O5).
§ Exemplo:
Com 2,0128 g de amostra
Absorbância = 0,64
0,64 = 2,2 mg P2O5 (curva
padrão)
|
2,0128 g à 250 ml na
curva padrão
X g
à 10 ml à X = 0,0805 g
0,0805 g à2,2 mg P2O5
100 g à Y mg P2O5
|
Y = 2732,9 mg ou 2,73 g % P2O5
|
O resultado é
dado em fósforo:
P2O5 -------- 2 P
141,96 g -------- 61,96 g
2,73 g% -------- Q è
Q = 1,19 g% em P
6. LIMPEZA
DE VIDRARIA
Esta instrução tem por objetivo orientar a limpeza de vidraria para
análise de Ca e P quando em baixa concentração (< 1%). Para evitar
contaminação proveniente de soluções de limpeza tipo sulfocrômica, detergentes
(mesmo especiais para laboratório) e sabão, apenas ácido nítrico é utilizado na
limpeza de material.
Procedimento:
§
O
material destinado a análise por via úmida deve ficar em contato com solução de
ácido nítrico 2% v/v por um período mínimo de 6 h.
§
Esta
solução deve ser preparada com água deionizada ou bidestilada e ácido nítrico
comercial.
§
A
solução assim preparada pode ser reutilizada apenas por mais uma vez, sendo
depois descartada segundo as normas da empresa;
§
Após
o contato com o ácido nítrico, os materiais devem ser enxaguados com água em
abundância, em seguida no mínimo 3 vezes com água deionizada ou bidestilada;
§
As
pipetas devem ser enxaguadas com água de torneira antes de serem colocadas no
lavador de pipetas, onde devem ficar imersas em solução 5% v/v de ácido nítrico
em água deionizada ou bidestilada por um período de 16 h (durante a noite).
§
Após
esse período, o tubo interno do lavador que contém as pipetas é transferido
para dispositivo de enxágue, onde deverá ficar por um período mínimo de 2 h.
§
Finalmente,
as pipetas devem ser enxaguadas com água deionizada ou bidestilada e colocada
para escorrer, o tempo mínimo para secar (cobrir com plástico, se necessário,
para evitar deposição de poeira).
Obs.: Para retirar a marcação do material (identificação
da amostra, via, número, etc.) usar álcool, e não abrasivos tipo esponja
metálica ou saponáceo.
7.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria
Nacional de Defesa Agropecuária. Laboratório Nacional de Referência Animal
(LANARA). Métodos analíticos oficiais
para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes. II. Métodos
Físico Químicos. Brasília. 1981.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 1ª Versão
Digital. São Paulo: IAL, 2008.
TERRA, N.N.; BRUM, M.A.R. Carnes e seus derivados. Técnicas de controle de qualidade. São
Paulo: Nobel, 120 p., 1998.
- Laboratório de Tecnologia e Controle de
Qualidade do Pescado - LAPESC - (Disponibilizado pelo professor Alex Augusto)-
Justo o que eu procurava sobre mufla
ResponderExcluir