quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CURIOSIDADE- Bacalhau curado com fosfatos: possíveis efeitos na saúde

A autorização pela União Europeia (UE) de utilização de polifosfatos no bacalhau salgado é considerada inevitável e apenas uma questão de semanas, apesar da oposição de Portugal, que está isolado na matéria.


De acordo com o Jornal Público, apenas a ministra dinamarquesa interveio no debate, assumindo uma posição oposta à de Assunção Cristas, já que a Dinamarca é o principal interessado na utilização dos polifosfatos na salga do peixe. Até agora as preocupações tem-se centrado no facto deste aditivo aumentar o teor de água do peixe salgado, encarecendo e demorando o processo de cura do bacalhau, mas, como é habitual nem uma palavra sobre possíveis consequências na saúde.
Parece que as probabilidades da proposta ser rejeitada pelos Governos são praticamente nulas, tendo inclusivamente um diplomata europeu afirmado que “se tivesse havido uma votação, a proposta teria passado sem problema”. Adicionalmente, Bruxelas não manifestou, qualquer intenção de alterar a sua proposta por não haver “razões científicas para proibir” os polifosfatos.

Possíveis efeitos dos fosfatos
De acordo com o livro The Hidden Drug – Dietary Phosphate da farmacêutica Hertha Hafer, o consumo excessivo de fosfato está ligado a problemas comportamentais e hiperactividade. Outras investigações apontam os fosfatos como proliferadores de tumores pulmonares, promotores da arteriosclerose e resistência à insulina, enquanto que umaoutra mais recente aponta os fosfatos como causa de aumento de mortalidade em pacientes renais, estando também associado ao envelhecimento e à danificação de vasos sanguíneos,
Embora a maioria das informações sobre o equilíbrio cálcio/fósforo sejam provenientes do reino animal, não se deve descartar este factor. A proporção cálcio/fósforo deve manter determinado equilíbrio (no mínimo de 1 para 1), que certamente será prejudicado pela ingestão de produtos fortificados com fosfato. Se a dieta contiver um teor maior de fósforo do que de cálcio, o organismo tende a extrair o cálcio dos ossos de forma a compensar esse desequilíbrio.
Curiosamente, na Europa parece continuar a não haver o mínimo de preocupação com qualquer potencial efeito adverso dos fosfatos, chegando inclusivamente ao ponto de aprovar decretos-lei com o intuito de os incluir em alimentos cuja transformação era feita de modo natural.

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