A
autorização pela União Europeia (UE) de utilização de polifosfatos no bacalhau
salgado é considerada inevitável e apenas uma questão de semanas, apesar da
oposição de Portugal, que está isolado na matéria.
De
acordo com o Jornal Público, apenas a ministra dinamarquesa interveio no
debate, assumindo uma posição oposta à de Assunção Cristas, já que a Dinamarca
é o principal interessado na utilização dos polifosfatos na salga do peixe. Até
agora as preocupações tem-se centrado no facto deste aditivo aumentar o teor de
água do peixe salgado, encarecendo e demorando o processo de cura do bacalhau,
mas, como é habitual nem uma palavra sobre possíveis consequências na saúde.
Parece
que as probabilidades da proposta ser rejeitada pelos Governos são praticamente
nulas, tendo inclusivamente um diplomata europeu afirmado que “se tivesse
havido uma votação, a proposta teria passado sem problema”. Adicionalmente,
Bruxelas não manifestou, qualquer intenção de alterar a sua proposta por não
haver “razões científicas para proibir” os polifosfatos.
Possíveis efeitos dos fosfatos
De
acordo com o livro The Hidden Drug – Dietary Phosphate da farmacêutica
Hertha Hafer, o consumo excessivo de fosfato está ligado a problemas
comportamentais e hiperactividade. Outras investigações apontam os fosfatos
como proliferadores de tumores pulmonares, promotores da arteriosclerose e resistência à insulina, enquanto que umaoutra mais recente aponta os fosfatos como causa de
aumento de mortalidade em pacientes renais, estando também associado ao
envelhecimento e à danificação de vasos sanguíneos,
Embora
a maioria das informações sobre o equilíbrio cálcio/fósforo sejam provenientes
do reino animal, não se deve descartar este factor. A proporção cálcio/fósforo
deve manter determinado equilíbrio (no mínimo de 1 para 1), que certamente será
prejudicado pela ingestão de produtos fortificados com fosfato. Se a dieta
contiver um teor maior de fósforo do que de cálcio, o organismo tende a extrair
o cálcio dos ossos de forma a compensar esse desequilíbrio.
Curiosamente,
na Europa parece continuar a não haver o mínimo de preocupação com qualquer
potencial efeito adverso dos fosfatos, chegando inclusivamente ao ponto de
aprovar decretos-lei com o intuito de os incluir em alimentos cuja
transformação era feita de modo natural.
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